Invocando o progresso histórico que o PSD ajudou a erguer na Madeira, Rui Rio pediu aos madeirenses que não entrem “em aventuras” nem corram riscos desnecessários. “Em equipa que ganha não se mexe, e a Madeira é uma equipa que ganha, há mais de 40 anos, e, portanto, acho que os madeirenses percebem bem que não podem entrar em aventuras, não podem correr riscos, devem continuar na senda do desenvolvimento que sempre conheceram desde a autonomia”, declarou Rui Rio.
O Presidente do PSD, que participava, na festa do Chão da Lagoa, domingo, começou por dirigir uma saudação sentida ao “povo da Madeira”, independentemente da cor política. Rui Rio acredita que os madeirenses irão renovar o voto de confiança em Miguel Albuquerque, em 2019, o único capaz de continuar a fortalecer o bem-estar do arquipélago. “Com extraordinária competência, Miguel Albuquerque tem conseguido desenvolver a região autónoma”, frisou Rui Rio.
Num discurso centrado para a realidade regional – reiterando as críticas contra o valor das taxas de juro cobradas pelo Estado à região; contra o tratamento da TAP com os passageiros da Madeira com os sucessivos cancelamentos por condições operacionais; contra o valor e o modelo atual do subsídio de mobilidade aérea entre Madeira e continente que deveria ter sido revisto em 2016 – Rui Rio prestou homenagem ao anterior líder do PSD e ex-presidente do Governo Regional durante 38 anos. “Vou fazer, aqui, no Chão da Lagoa, mas poderia fazer em qualquer outra parte do país, que é uma saudação ao homem que não é da Madeira, é de Portugal, que é uma referência da social-democracia em Portugal, que é o dr. Alberto João Jardim, um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da ilha da Madeira”, disse no palco. Para Rui Rio, a obra de Alberto João Jardim “é um orgulho da Madeira, de Portugal e da União Europeia”. “Eu não sei – continuou – se todos os portugueses já imaginaram o que isto que era se, em vez de um Alberto João Jardim, nós tínhamos tido quatro ou cinco Alberto João Jardins por esse país fora, o que não era Portugal hoje face àquilo que é”, disse.
Manifestando a sua satisfação por participar, como líder do PSD, na festa do Chão da Lagoa, Rui Rio realçou que “não há líder do PSD que consiga chegar a primeiro-ministro de Portugal sem passar pelo Chão da Lagoa”. “Por isso a partir de hoje já tenho possibilidades de dizer que poderei ser primeiro-ministro de Portugal”, acrescentou.
Rui Rio relembrou que a Festa do Chão da Lagoa, embora seja o maior evento partidário da Madeira, “não é o pontapé de saída para as eleições regionais”, mas apenas um “primeiro passo”, havendo ainda “um caminho a percorrer”.
Situada nas serras do Funchal, a Herdade do Chão da Lagoa acolhe zonas de convívio e barracas representativas das 54 freguesias da Região Autónoma da Madeira. Este ano estiveram cerca de 25 mil pessoas.
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