Plano Juncker: PSD pede inclusão de Mação na lista de projetos-piloto

31 jul 2017

O concelho de Mação deverá estar na lista de projetos-piloto de reordenamento e reflorestação que o Governo vai candidatar ao Plano Juncker, de acordo com declarações dos deputados do PSD.

O Executivo anunciou que Portugal se vai candidatar ao Plano Juncker para cofinanciar um projeto-piloto de gestão florestal do Pinhal Interior, no valor de 100 milhões de euros e que, além deste valor, prevê investir 58 milhões de euros em arborização e rearborização do território e 125 milhões de euros no relançamento da economia.

O PSD apresentou, assim, um projeto de resolução, no qual defende que "reduzir a área ardida de floresta portuguesa é um objetivo comum do País, estando as políticas públicas orientadas para esse fim”. Mas a dimensão do problema obriga, segundo os social-democratas, a uma visão “muito mais alargada e global em termos de território e de ordenamento do espaço rural".

Na última semana arderam mais de 20 mil hectares de floresta em Mação, mais de metade do total da mancha verde de um concelho que, há vários anos, procura implementar boas práticas de combate aos incêndios.

"A tragédia que se abateu sobre Mação revela que, apesar de todo o esforço e empenho da autarquia, dos bombeiros e dos cidadãos em geral, de todas as iniciativas para reduzir o risco, e tal como foi repetidamente dito pela autarquia local ao longo dos últimos anos, há ainda um longo caminho a percorrer no ordenamento florestal, nos instrumentos de gestão da floresta e na atratividade de pessoas para o interior", lê-se no projeto de resolução que o PSD entregou hoje na Assembleia da República. 

O PSD defendeu, inicialmente, que o Plano Juncker deveria ser mobilizado para este investimento, pelo que agora, perante os acontecimentos trágicos da última semana, Mação deve ser incluído neste esforço.

Nuno Serra, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e eleito por Santarém, é um dos signatários do projeto de resolução e defende que "o maior respeito pelas pessoas afetadas é, de uma vez por todas, fazermos uma reforma da floresta a sério e que não fique refém de preconceitos ou ideologias partidárias. Este incêndio veio demonstrar que o País tem ainda um longo percurso pela frente".