Autarcas criticam Catarina Martins

19 set 2017

 

Catarina Martins errou o alvo. Não é com os autarcas que Catarina Martins tem de estar chocada, mas sim com o Governo que apoia e que cortou no investimento e nos apoios sociais

Os Autarcas Social Democratas afirmam que Catarina Martins errou o alvo ao criticar os autarcas portugueses. Referem que a líder do BE deveria estar “chocada” com o Governo “que apoia e que se vangloria de condicionar”. Foi o Governo “que cortou no investimento público, nas áreas sociais”, escrevem os autarcas em comunicado, hoje divulgado. Os serviços públicos “não entraram, em maior degradação”, diz Álvaro Amaro, presidente dos ASD, “porque as autarquias cobriram com o seu orçamento as necessidades”.

As autarquias “assumiram, como sempre, um papel de responsabilidade”, afirma o presidente dos ASD, Álvaro Amaro. Ainda sobre o “silêncio cúmplice” quanto à qualidade dos serviços prestados pelas autarquias - nomeadamente nos acessos à educação, saúde, cultura e ambiente - Álvaro Amaro, afirma que “já nos habituámos à esquerda portuguesa, e em particular à esquerda que condiciona a governação de Portugal, protagonizada pela Dra. Catarina Martins” que procura “omitir as fragilidades da sua co-governação atacando os outros partidos. Agora apontou o alvo aos autarcas”.

 

Basta de teatro

Os autarcas não são bode expiatório da absorção que o PS faz do Bloco de Esquerda, a tábua de afirmação da sua tendencial menor influência no palco nacional, em detrimento do Partido Socialista”, refere o comunicado dos ASD.

No comunicado, hoje divulgado, os ASD acusam a líder do BE de se colocar “teatralmente no papel de defesa das populações, tentando menorizar o papel que os autarcas desempenham em prol das populações e, simultaneamente, estender um manto de penumbra sobre a governação do País onde Catarina Martins teve um papel principal na influência das decisões que conduziram ao corte do investimento de capital nas áreas sociais, ao corte no investimento nos serviços públicos”.

Catarina Martins “sabe que na hora certa será descartada pelo Partido Socialista” e, até lá, “tem que fazer prova de vida, mas, nunca aceitaremos que seja à custa dos autarcas”, avisou o presidente dos ASD.