Orçamento do Estado: Governo volta a “carregar” nos impostos indiretos

13 out 2017

É estranho fazerem [Governo e partidos que o suportam] a propaganda do fim da austeridade quando é evidente que continua”, assinalou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD em declarações à SIC Notícias, depois de ter denunciado que o País assiste a uma “austeridade diferente” e que passa pelo “carregamento nos impostos indiretos”, como disso é exemplo o imposto sobre os combustíveis.

Segundo notícia avançada pela TSF, o Orçamento do Estado (OE) para 2018 poderá trazer o imposto sobre os alimentos com alto teor de sal. Prevê-se, também, que cerveja, licores, bebidas espirituosas e, até, refrigerantes açucarados aumentem de preço no próximo ano. O Imposto Sobre Veículos poderá ficar mais caro, assim como o Imposto Único de Circulação.

Segundo destacou António Leitão Amaro, “o PSD deve ter a prudência de comentar, sobretudo, com base em documentos oficiais”. Apontou, contudo, que “este orçamento parece cumprir uma tradição que é esquecer as empresas, os profissionais liberais, as pessoas que fazem muito por criar riqueza”. Denunciou, assim, que se trata do terceiro documento produzido por este Governo que “nada traz de positivo para as empresas”, quando seria importante “fazer reformas, mas também orçamentos favoráveis às exportações”.

Referindo-se ao Orçamento do Estado para 2017, o social-democrata lembrou que o PSD alertou, cedo, que “os objetivos não iam ser cumpridos”. Verificou-se, assim, que o atual Executivo recorreu a medidas extraordinárias e a planos B, dando como exemplos o “perdão fiscal” efetuado e o “corte enorme no investimento público”. Assinalou, portanto, que “as metas foram alcançadas porque o Governo não cumpriu o investimento público que tinha previsto, reduziu imensa despesa, contrariando toda a propaganda e discurso político das esquerdas nos anos anteriores”.

Para o vice-presidente da bancada parlamentar as cativações e o reduzido investimento a que o País assistiu são “uma austeridade própria da esquerda” que passa por “cortar no funcionamento dos serviços públicos e, com isso, degradar as condições das forças de segurança, da Proteção Civil, escolas, hospitais”.