PSD PROPÕE que Comissão Técnica Independente faça estudo sobre incêndios de outubro

15 nov 2017

 

Um mês depois da tragédia que assolou o País, o grupo parlamentar do PSD visitou regiões afetadas pelos incêndios. Hugo Sores criticou o Executivo pela “sua descoordenação e incompetência”, alertou que as medidas a adotar devem ser, devidamente, ponderadas  e lembrou que existe um ICNF, quando quem governa parece criar mais uma empresa pública

 

Era importante que os portugueses pudessem saber, também nos fogos de 15 de outubro, o que é aconteceu, porque falharam os meios de combate e a prevenção”, afirmou esta quarta-feira Hugo Soares, aquando da visita do Grupo Parlamentar do PSD, ao Pinhal de Leiria. Segundo informou, na próxima Conferência de Líderes, PSD e CDS-PP desafiarão o presidente da Assembleia da República (AR), “para que seja abordada a Comissão Técnica Independente (CTI) e se perceba a sua disponibilidade para fazer um estudo” sobre os incêndios de outubro.

Faz hoje um mês desde a tragédia de 15 de outubro”, lembrou o líder da bancada social-democrata. “Queríamos, com a nossa presença no terreno, assinalar que o grupo parlamentar não esquecerá o que aconteceu, estas pessoas, as famílias e as instituições que, agora, terão a responsabilidade de tentar minorar os efeitos que perdurarão no tempo e precisam, urgentemente, ter soluções”, explicou.

O Pinhal de Leiria foi sempre um exemplo para todos”, referiu para, logo, assinalar: “mais do que um problema de floresta e de ordenamento, a tragédia que assolou o País deve-se à descoordenação e incompetência do Governo”.

Hugo Soares assegurou que “o PSD vai continuar a estar na linha da frente da procura de soluções, mas também no escrutínio do Governo e da denúncia do que correu, manifestamente, mal”. Reforçou, assim, que os incêndios registados representam “um falhanço total do Estado, por força da incompetência do Governo”.

Defendendo que as medidas a adotar devem ser ponderadas, o presidente da bancada social-democrata lembrou que o PSD foi “o primeiro a apresentar um projeto de resolução que recomendava que possa haver, rapidamente, um plano de reflorestação” do Pinhal de Leiria. “É urgente, prioritário e deve ser feito”, disse. “Era uma mata pública, pinhal e não eucalipto (como as forças de esquerda gostam tanto dizer que é o mal de todos os incêndios)”, esclareceu, reiterando que, “é importante que o Estado, naquilo que é dele possa ter um papel de preservação e de promoção daquilo que é o nosso património”.

 

O que é que vão fazer ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)?

Questionado pelos jornalistas sobre a informação, entretanto, da criação de uma empresa pública para gerir as florestas, o presidente do grupo parlamentar foi claro ao afirmar que “não se sabe coisa nenhuma sobre isso”, tendo a ideia surgido “em sede de audição” como que “caída do céu aos trambolhões”. “Não há nada no Orçamento do Estado (OE) que a faça prever, não há recursos, dinheiro ou meios”, denunciou. “Parece-me uma ideia bem típica do Partido Socialista”, criticou, classificando-a de “ilusionista” e referindo que parece tratar-se de “mais um empresa pública”, como forma de solucionar os problemas.

O que é que vão fazer ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)?”, questionou Hugo Soares, alertando que esta pergunta deveria ser feita ao próprio primeiro-ministro. “Vão extingui-lo?”, continuou. “Estão a dizer que foi o instituto, que existe, que não fez o trabalho que devia ter sido feito?”, acrescentou, salientando que o ICFN alertou, quem de direito, para os “riscos que havia naquele fim de semana e nada aconteceu”. Por isso, afirmou: “o Governo continua a empurrar com a barriga aquilo que são as soluções verdadeiras que devia implementar no terreno”.

 

Em Tondela: Propostas de alteração ao OE vão “ao encontro das reais necessidades das populações


Queríamos pedir ao Governo que seja expedito nas respostas, mas também que possa acolher as sugestões do PSD”, afirmou Hugo Soares, em visita do grupo parlamentar a Tondela. Referia-se às propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) apresentadas esta terça-feira, mais concretamente às relativas ao apoio aos territórios afetados pelos incêndios.

Que seja capaz de olhar para as propostas pelo seu mérito e não numa lógica de partidarite, tentando, sempre numa frente de esquerda, chumbar as propostas do maior partido da oposição”, acrescentou. “Aproveitar” este trabalho do PSD é ir “ao encontro das reais necessidades das populações”, esclareceu.