Defesa Europeia: “Linhas vermelhas” defendem o interesse nacional

06 dez 2017

Se o PS tem uma posição que é idêntica à nossa, não há razão para que não acompanhe o projeto de resolução do PSD”, defendeu o líder parlamentar do PSD, esta terça-feira, sobre a adesão de Portugal ao mecanismo de cooperação estruturada permanente (PESCO). Para Hugo Soares, se tal se viesse a verificar tratar-se-ia de um “erro histórico”.

O PS tem dito que não está em causa nem a constituição de um exército comum, nem a especialização das Forças Armadas”, explicou o presidente do grupo parlamentar. Segundo sublinhou, o PS decidiu-se, todavia, por “um projeto minimalista onde essas linhas vermelhas não constam”. Por isso, sublinhou: “se há princípios e linhas vermelhas que defendem o interesse nacional, devem constar da resolução que a Assembleia da República vai aprovar”.

Se esses linhas vermelhas, com as quais o PS concorda só estão no projeto do PSD é evidente que deve ser aprovado pelo PS”, reiterou, acrescentando que “o PSD está muito disponível, como sempre esteve, para que haja um texto comum em que isto possa ficar acautelado”. Os social-democratas são “a favor” da adesão ao PESCO, desde que sejam asseguradas, então, duas condições: a não adesão ao exército único europeu e a não especialização das Forças Armadas.

 

Governo sem apoio do PCP e do BE

Em declarações aos jornalistas, Hugo Soares foi claro ao assinalar que os socialistas devem “procurar consensos com os demais partidos”. “Como não têm apoio nem do PCP, nem do BE o Governo não tem capacidade de, sozinho, forçar uma decisão nesta matéria”, esclareceu, apontando que prevalece o “total desgoverno” e que o próprio ministro da Defesa “está completamente desnorteado nesta matéria”.