Rui Rio apresentou, esta quarta-feira, o Conselho Estratégico Nacional do PSD que, classificou de “decisão mais relevante e diferente”. Trata-se, segundo disse, de uma “revolução na forma de funcionamento” do PSD que permitirá aos militantes – e independentes - participarem consoante áreas de interesse ou experiência, permitindo ao partido ter posições “mais sustentadas” nas diversas áreas
O Presidente do Partido Social Democrata apresentou, esta quarta-feira e após a reunião da Comissão Política Nacional, decisões que classificou de “relevantes”. Deu, assim, a conhecer os nomes para a Comissão de Relações Internacionais e para o Secretariado das Comunidades Portuguesas, assim como a “decisão mais relevante e, esta sim, muito diferente”. Rui Rio referia-se à constituição do Conselho Estratégico Nacional (CEN), “em moldes muito diferentes do habitual”, avançou para, logo, explicar a “ante-proposta” em mãos. David Justino, vice-presidente do partido, presidirá ao CEN.
“Esta é uma primeira e a maior proposta que fazemos no sentido de procurar contribuir para uma diferente militância no PSD”, disse o Presidente do PSD, salientando que o órgão apresentado aos jornalistas vai ao encontro do que defendeu quer na campanha eleitoral interna, quer ao longo da sua vida.
De acordo com o líder do PSD, o CEN tem objetivos muito importantes. “É o órgão que vai ter os porta-vozes e coordenadores do partido para as mais diversas áreas”, cabendo-lhe a produção do “programa eleitoral para levar às eleições de 2019”, explicou. Haverá, neste órgão, “um porta-voz setorial capaz de, a qualquer momento, ter o conhecimento técnico e político para comentar com competência”. Será acompanhado por “uma equipa técnica que o vai apoiar a dar posições em nome do PSD”, esclareceu.
“Uma revolução na forma de funcionamento” do partido
“A maior relevância tem que ver com uma revolução na forma de funcionamento” do partido, afirmou Rui Rio. Referiu que o CEN permitirá aos militantes “militarem de forma diferente”, além do tradicional. “Se quiserem têm espaço para uma militância completamente diferente”, reforçou, salientando que a participação pode ser feita tendo por base áreas de interesse ou experiência. Esclarecendo não se tratar de um governo sombra, deu força ao facto de também se pretender, com este conselho, abrir o partido a quem ambiciona ser militante ou a quem quer participar, mas enquanto independente. Trata-se, destacou, de “um espaço novo de militância para lá do tradicional”.
Rui Rio defende que o CEN permitirá ao partido ter “posições muito mais conhecedoras e sustentadas sobre o que se passa em cada distrito”, já que serão trabalhadas as mais diversas áreas (Saúde, Educação, Agricultura, Economia ou, por exemplo, Finanças Públicas). Para o líder social-democrata, o Gabinete de Estudos do partido “faz sentido integrado aqui”.
O Conselho Estratégico Nacional é constituído pela Comissão Permamente (com coordenadores e porta-vozes para as secções temáticas) e pela Comissão Consultiva que, de acordo com o Presidente, contará com “personalidades, militantes ou independentes, que o PSD convidará para aconselhar a evolução do CEN”. Na sequência da ante-proposta apresentada esta quarta-feira, será elaborado um regulamento a aprovar na próxima reunião da CPN.
“Uma oportunidade para enriquecer a militância”
Questionado pelos jornalistas, Rui Rio disse que haverá “distritais que vão ver nisto uma oportunidade para enriquecer a militância”. Afirmou tratar-se de um desafio que permitirá perceber “quais são as distritais com mais dinâmica, presença e mais capazes de trazer a sociedade civil para o PSD”. Acrescentou, ainda, que procurará explicar, em “momento próprio, que isto é uma oportunidade de enriquecer o partido a nível nacional”.
Aquando do início da conferência de imprensa, o líder do PSD referiu que Tiago Moreira de Sá será o presidente da Comissão de Relações Internacionais e Luís Geraldes o coordenador para o secretariado das comunidades portuguesas.
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