Saúde: “Há uma falha clara do Governo ao nível da gestão”

14 mar 2018

 

Depois de ter reunido com a Ordem dos Médicos, Rui Rio avançou que “o PSD vai marcar um debate de urgência no Parlamento”. Denunciou, assim, “uma gestão muito deficiente na Saúde” e alertou para a necessidade de haver “um programa que leve a que o Serviço Nacional de Saúde melhore

 

Há uma falha clara do Governo ao nível da gestão”, denunciou esta quarta-feira o líder do PSD, na sequência de uma reunião com o bastonário da Ordem dos Médicos, no Porto. “O PSD vai marcar um debate de urgência no Parlamento”, anunciou Rui Rio, explicando que importa que esta questão seja debatida, para que “o Ministério da Saúde, através até desta pressão política, possa começar a fazer melhor aquilo que, até à data, tem feito mal”.

De acordo com o Presidente do PSD, “há uma gestão muito deficiente na Saúde”. Referiu que além de o setor necessitar de “mais recursos, precisa acima de tudo de uma melhor gestão”. Argumentou que o “Ministério da Saúde não tem estado capaz de gerir os meios que tem à sua disposição” e alertou que “a produtividade é muito baixa em prejuízo das populações”.

Disse, assim, justificar-se que “o Parlamento faça um debate sério” em que se questione “o ministro da Saúde e o Governo como um todo”. Salientou, contudo, que o objetivo não é fazer demagogia. “Não troca o Governo e os problemas estruturais resolvem-se no dia seguinte”, exemplificou para, logo, afirmar que o executivo deve “ ter um programa que a médio/longo prazo leve, naturalmente, a que o Serviço Nacional de Saúde, e todo o sistema de saúde, melhore”.

Rui Rio quis deixar claro que não se pretende “exigir o que não é possível”. “Temos de exigir do Governo aquilo que tem obrigação e capacidade para fazer melhor” e que passa por, “fundamentalmente, gerir melhor os recursos que tem disponíveis”.

O Presidente do PSD manifestou-se “preocupado com o estado da Saúde em Portugal”. Quis, por isso, perceber qual “a posição e a radiografia que a Ordem dos Médicos traça da atual situação”. Referindo-se à gestão dos médicos, defendeu a existência de equilíbrio entre a sua contratualização e o pagamento de horas extraordinárias. “Se calhar [o Ministério da Saúde] podia contratar muito mais médicos quase pelo preço que hoje está a gastar por uma gestão deficiente”, assinalou. Referiu-se, ainda, à necessidade de “contratualizar menos com os privados e fazer melhor dentro do serviço público”.