PSD quer ouvir comissão técnica e MAI sobre relatório dos incêndios

21 mar 2018

O PSD vai chamar ao Parlamento os membros da Comissão Técnica Independente que produziu o relatório sobre a avaliação dos incêndios de outubro de 2017, bem como o ministro da Administração Interna (MAI), o anterior presidente da Proteção Civil e o Comandante Operacional Nacional em funções à data.

O anúncio foi feito esta quarta-feira por Rubina Berardo, no plenário. Para a vice-presidente do grupo parlamentar, o PSD está disponível para trabalhar em conjunto, “procurando consensos”, convidando por isso “todos a abandonar as trincheiras ideológicas em prol do interesse nacional, para concretizar as recomendações dos dois relatórios da Comissão Técnica Independente”. “Iremos, assim, requerer a presença na Assembleia da República da própria Comissão Técnica Independente e de várias outras entidades, para aprofundar as falhas identificadas”, acrescentou.

O GPPSD entregou, assim, dois requerimentos a solicitar uma audição conjunta aos membros da comissão técnica, nas comissões de Assuntos Constitucionais e de Agricultura; e a requerer a presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do anterior presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o coronel Joaquim Leitão, e do Comandante Operacional Nacional em funções à data, na Comissão de Assuntos Constitucionais.

“O país volta a contar com o PSD para ajudar a colmatar as falhas na legislação, em dar uma resposta concreta às populações que são verdeiros heróis nacionais”, apontou ainda Rubina Berardo.

Sobre as conclusões já apresentadas do relatório sobre os incêndios de outubro de 2017, a vice-presidente indicou que se confirma “o que o PSD afirmou desde a primeira hora: o falhanço do Estado”.

“O PSD está empenhado, de alma e coração, em abraçar esta causa – a defesa da floresta, a defesa das nossas populações que resistem vivendo em territórios de baixa densidade”, acrescentou, concluindo que as “lições do passado” são importantes “para que o Estado não volte mesmo a falhar à sua responsabilidade essencial”.