PSD desafiou Governo a responder se o País está preparado para os incêndios

09 mai 2018

Fernando Negrão denunciou, em debate quinzenal, a incapacidade do Governo em tranquilizar os portugueses, sobretudo quando a época de calor se aproxima. Reiterou a preocupação dos social-democratas, no que respeita aos incêndios, e salientou a disponibilidade do PSD para ajudar em prol do País. O caso Sócrates foi, também, alvo de discussão

 

Queremos ajudar, diga-nos como?”. O desafio foi lançado pelo líder parlamentar do PSD a António Costa no debate quinzenal desta quarta-feira. “Estamos preocupados com os portugueses”, disse, depois de ter denunciado: “não vemos capacidade política, nem operacional para resolver” problemas relacionados com a prevenção e o combate aos incêndios.

Segundo referiu o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD), o primeiro-ministro, sempre que questionado a propósito desta matéria, dá uma “resposta padrão a todas as perguntas”. O próprio ministro da Administração Interna, quando ouvido esta terça-feira no Parlamento, “não teve uma resposta concreta para dar aos portugueses”.

O PSD reforçou, assim, a preocupação que tem sido manifestada pelo seu líder, Rui Rio. De acordo com Fernando Negrão, o atual Executivo em vez de tranquilizar o País tem dado sinais de “incompetência e de acumular de casos e erros”. Ao elencar uma série de problemas que têm vindo a público, perguntou: “temos hoje, dia 9 de maio, um dispositivo de combate aos fogos devidamente apetrechado e pronto a entrar em ação?”. Recordou que o Presidente da República avançou que não se recandidatará caso se repitam as tragédias de 2017 para, logo, lembrar que António Costa adotou uma atitude contrária. “E isso é revelador”, apontou.

 

 

Caso Sócrates: “Bancarrota foi culpa da crise ou o resultado de nefastas decisões?

O líder da bancada social-democrata levou a debate o caso Sócrates. “O que é mais importante: os votos e as eleições ou os princípios e as convicções?”, questionou depois das posições que, recentemente, têm vindo a público. Ao assinalar que o assunto foi colocado no plano político pelo próprio Governo e pelo Partido Socialista, afirmou que “as confissões de vergonha e de desonra revelam o reconhecimento de que alguma coisa aconteceu”.

Afinal a bancarrota foi culpa da crise ou o resultado de nefastas decisões tomadas pelo Governo a que vossa excelência [António Costa] pertenceu, presidido por José Sócrates?”, interrogou o Presidente do GPPSD.