Residências universitárias: PSD sensibiliza Governo para dificuldades dos estudantes

14 mai 2018

 

Rui Rio visitou duas residências universitárias com o objetivo de sensibilizar o País para problemas com que muitos estudantes se defrontam quanto ao alojamento. O Presidente do PSD disse, ainda, que o primeiro-ministro admitiu, este fim de semana, que a austeridade continua, sobretudo nos serviços. Defendeu que “as legislaturas se cumpram na totalidade”

 

As visitas realizadas, esta segunda-feira, à Residência Universitária Jayme Rios de Souza e à Residência Universitária José Novais Barbosa, no Porto, tiveram como objetivo “sensibilizar a opinião pública e o Governo, em particular” para as dificuldades que muitos estudantes do ensino superior, e suas famílias, enfrentam no que respeita ao alojamento. Segundo disse Rui Rio, importa “encarar este problema” e encontrar soluções.

Não havendo oferta por parte das instituições de ensino superior a um preço razoável, há muitos estudantes que não têm hipótese de estudar”, precisou o Presidente do PSD, alertando para a “pressão que o Turismo está a fazer sobre a habitação”. Defendeu, assim, que importa desenvolver soluções que não se sustentem apenas no dinheiro público, já que, sublinhou, “o Orçamento do Estado não aguenta isso”.

 

Austeridade foi transferida para os serviços

Questionado sobre declarações do primeiro-ministro – em que o mesmo privilegia a contratação de funcionários, em detrimento do aumento de salários – Rui Rio disse tratar-se de “uma confissão” de que o País se mantém em austeridade, a qual “passou a ser transferida para os serviços”. Explicou, assim, que “os portugueses notam austeridade no défice de recursos humanos que há nos serviços, particularmente no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Segundo referiu o líder do PSD, “de raiz todos nós preferimos aumentar os salários, dar melhores condições de vida às pessoas, particularmente neste caso da função pública”. Tal como assinalou, “os salários têm sofrido uma erosão enorme”, devido à inflação. Defendeu, por conseguinte, o “equilíbrio” entre dois fatores: “o repor os recursos humanos nos serviços (na medida em que são necessários) e, ao mesmo tempo, procurar (dentro daquilo que orçamentalmente for possível) conseguir repor o valor da inflação na erosão dos salários”.

 

É sempre positivo que as legislaturas se cumpram na totalidade”

Sobre a eventualidade de a atual legislatura ser cumprida, Rui Rio assegurou que “o PSD não vai entrar nesse esticar de corda”, tratando-se portanto de “um jogo entre Partido Socialista, Partido Comunista e Bloco de Esquerda”. Salientou, ainda, que “é sempre positivo que as legislaturas se cumpram na totalidade”.

 

 

 

 

Rui Rio em visita a residências, no Porto