O PSD terá uma “posição oficial” sobre o Orçamento do Estado para 2019 quando a proposta for conhecida. Esta é a garantia dada pelo Presidente social-democrata, que sublinhou que só é a favor ou contra aquilo que conhece. “Podem dizer o que quiserem, eu repito o que digo desde pequenino: não sou a favor nem contra aquilo que desconheço. Eu só sou a favor ou contra aquilo que conheço”, frisou Rui Rio em Vila Verde, onde participou na festa do 44.º aniversário da JSD, sábado.
Rui Rio recorda que nenhum português conhece a proposta referente ao próximo Orçamento, “porque ela não existe”. “Como é que posso dizer que sou a favor ou contra uma coisa que eu desconheço em absoluto e que não existe? Eu recuso-me a fazer política nesses termos”, esclareceu.
PSD está a “desenhar” proposta de reforma da Justiça
Rui Rio afirmou, ainda, que o PSD está a “desenhar” uma proposta de reforma da Justiça, para depois ser “trabalhada” por todos os outros partidos de forma a conseguir-se “o maior consenso possível”. “Espero que todos os partidos estejam imbuídos deste espírito da necessidade de, de uma vez por todas, Portugal arrancar com uma reforma da Justiça”, afirmou.
Neste momento, o PSD está a fazer um “diagnóstico” do setor, para apontar os objetivos que se pretende alcançar e concertar medidas com as restantes forças políticas. “Todos falamos da reforma da Justiça, mas depois, às vezes, estamos todos a falar de coisas diferentes ou a falar de nada”, criticou.
Rui Rio alerta que a reforma não será para se fazer “em 30 dias nem em 60”, mas sim “com tempo, uma coisa demorada”.
“A última coisa que pretendemos é ser polémicos, nem dentro do PSD nem fora dele. O que queremos é ser o mais consensuais possível, porque estamos a falar de uma reforma vital para Portugal e para o futuro da democracia”, rematou.
PSD estará atento a eventual desvirtuamento do acordo de concertação social
Rui Rio manifestou que o PSD está atento ao eventual desvirtuamento do acordo de concertação social conseguido entre as entidades patronais e os representantes dos trabalhadores. “Eu tenho respeito pelo acordo [de concertação social], mas é por aquele acordo. Se for para andar a fazer grandes alterações no parlamento, então as coisas já são completamente diferentes”, afirmou.
“Se desvirtuarem isso no Parlamento, logo veremos as alterações que são feitas e se o acordo se mantém no mesmo espírito ou se é desvirtuado”, concluiu.
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