Rui Rio pede “esclarecimento cabal” sobre furto de Tancos

16 jul 2018

O furto de equipamento militar de Tancos constitui, para Rui Rio, um “problema grave, político e de segurança nacional” e uma questão de Estado. “Não é minimamente aceitável que nem o Governo saiba o que que aconteceu”, critica Rui Rio, que se encontrou, esta segunda-feira, com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), no Porto.

“O PSD irá amanhã [terça-feira] no parlamento confrontar o senhor ministro da Defesa Nacional com estas questões no sentido de ver, de uma vez por todas, se consegue ter pelo menos uma história minimamente coerente, porque aquilo que nós sabemos não é coerente, não bate certo”, afirmou Rui Rio.

Nesse sentido, concretizou Rui Rio, o PSD vai confrontar o ministro Azeredo Lopes, porque o caso de Tancos é um “problema efetivamente grave, um problema político grave e um problema grave em termos de segurança nacional”, não sendo “minimamente aceitável” que durante este tempo todo nem o Governo de António Costa saiba bem aquilo que aconteceu.

“Devemos ter um esclarecimento cabal sobre isto e, também, em sede de investigação, porque há ali um choque entre a Polícia Judiciária e a Polícia Judiciária Militar, algo que também não é saudável em termos de investigação nessa matéria”, declarou.

Questionado sobre uma eventual comissão parlamentar de inquérito, Rui Rio referiu “não gostar de banalizar” instrumentos que são “muito importantes”, mas admitiu que não exclui essa possibilidade neste caso. “Neste caso concreto não excluo, mas só depois de o ministro falar e de se explicar e de estarmos ainda mais dentro do assunto é que podemos ter uma posição sobre isto. Tenho muito respeito pelas comissões de inquérito, algumas não funcionam muito bem como sabemos, mas acho que devemos usá-las com parcimónia, mas não excluo que possa ser usada num dossiê como este”, afirmou.

“É uma confusão e pode ser grave para a segurança nacional, vamos ver o que o ministro é capaz de explicar ou não na comissão”, ressalvou.

Rui Rio assinala que o PSD vai ter uma “atitude forte”, porque a “novela não se pode arrastar assim tanto tempo” e estamos perante uma “questão de Estado”.